segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Internet - A tríade - Parte 2

Este texto dá prosseguimento ao tema abordado na postagem anterior, porém, trata de uma outra vertente: “Os jogos em rede”.
Nesta seção, torna-se mais clara a existência daquilo que posso chamar de “mundo paralelo” virtual.
E nestes jogos, há, de fato, mundos que transcendem(e, porque não dizer, suplantam) o mundo que habitamos e também as suas regras.
Nos simuladores da vida real, você pode escolher a sua aparência física, e ao contrário da realidade, não será obrigado a manter-se num corpo que o descontenta e envergonha.
Todas as tarefas são sistemáticas. Tudo o que está presente nesta “dimensão” é absolutamente ponderável(até mesmo o futuro). Dentro das condições apropriadas, não existirão interrupções abruptas, nem quaisquer tipos de imprevistos.
A obtenção de recursos não está vinculada a atividades enfadonhas e que nos levam grandes e preciosas porções de tempo. E, ate mesmo as relações afetivas são sistemáticas, assim, reduzindo consideravelmente os riscos de insucessos.
Já nos “rpg’s”, a fantasia faz-se presente no seu maior expoente. Desde os seus cenários, que podem variar de vilarejos medievais, até cidades futurísticas, até os seus personagens, sempre imponentes e fortes, dotados de poderes espetaculares.
Mundos de batalhas colossais, onde só por meio destas, vem a morte. E ainda assim, ela não é definitiva, é, em verdade, uma mera pausa.
Os louros aos vitoriosos, novas chances aos derrotados.
No mundo virtual, as oportunidades jamais serão escassas, as derrotas jamais serão definitivas, o tempo jamais será empecilho, de forma alguma, haverá dor.
Não obstante, viver em meio as as suas maiores fantasias torna-se algo plenamente plausível, é possível ter o que se quer, de fato. Os objetivos são tangíveis, a continuidade é ilimitada.
Porém, há ai uma grande falha: O mundo virtual é absolutamente vinculado ao real, e a nossa existência no primeiro é intimamente ligada a nossa existência no segundo(Esta muito mais complexa e incerta).
Este me parece ser o grande problema existente nos “mundos” descritos anteriormente. Eles são refúgios temporários, não permanentes. São paliativos, não cura.
O que me parece ser lamentável, pois o mundo elaborado pelos humanos, me parece ser muito mais completo e justo, que a existência que nos foi destinada.

2 comentários:

  1. Sugiro que leia o Mito da Caverna de Platão. Segue o link com o resumo http://www.guatimozin.org.br/artigos/mitos.htm

    Muito boa sua explanação do assunto.

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  2. Obrigado pela atenção, Lívia. Assim que possível lerei o link indicado.

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