quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Internet - A tríade - Parte 3

Rumo agora para a terceira parte deste comentário que tem como tema principal a internet.
O subtema abordado desta vez, são as “redes sociais”.
Pois bem, estes meios virtuais de integração humana tem enorme importância no mundo atual. Há uma constante troca entre o virtual e o real, e não raro, o virtual incide e(ou) molda o real, bem como, o real também incide e molda o virtual.
A importância é tamanha, que cartas e até mesmo telefonemas(em tempos atuais), são preteridos pela utilização rápida e pouco onerosa de e-mails e mensagens instantâneas.
Há também, a clara mostra da agilidade que permeia o comportamento humano atual. Além, da também evidente lacuna existente em nossos laços afetivos.
O usuário de uma rede social quer se expor. Quer se comunicar, é claro. Mas, quer se expor.
Quer mostrar ao mundo quem ele é. O que faz, quais são os seus anseios, seus temores. Mais do que isso; tem uma esperança implícita de que irá encontrar alguém que goste do que ele é. Que realize seus anseios, que abrande os seus temores.
Quer expor seus enigmas, e, porque não, ser decifrado.
Seria uma espécie de mostragem de seus aspectos e experiências individuais, tal qual, a existente num diário; entretanto, este não é restrito. É coletivo, é um campo de vazão para uma de nossas necessidades mais primitivas: Encontrar semelhantes, pessoas que sejam de fato, nossos pares.
Porém, todo o espaço ali disponível nos impele a apenas fornecer informações, quase nunca a captar as alheias. O que nos deixa em uma condição de incompletude e isolamento que não difere muito da original.
É também um espaço onde todos amam, mas quase ninguém é amado. Este ” amor instantâneo” que se prepara em 3 minutos, sob algum fervor, e que desfaz-se em muito pouco tempo, é pré-existente. Ele é a base de nossas relações amorosas/sexuais.
Nas redes ele é apenas potencializado e mais facilmente viabilizado. Porém ele não é para todos, e dificilmente o “romântico frustrado” e o indivíduo pouco popular, tornar-se-ão os “pegadores insensíveis” e os indivíduos populares deste mundo paralelo, pois, assim como no mundo material, existem rótulos a nos separar.
E dificilmente eles serão transpostos, visto que toda sociedade tem o seu “sistema de castas”. E, esta sociedade virtual reproduz com grande fidelidade as divisões reais.
Sobre o ganho de importância destes grupos de comunicação, ainda tenho a dizer, que eles assumiram o papel do elo entre os indivíduos. E reputação, interação, proximidade e outros, estão cada vez mais sendo praticados, aferidos e atestados, ali. E, não me surpreenderei, se dentro em breve, formos muito mais vinculados ao “mundo paralelo”, que ao real. Em minha opinião, o salto até esta situação é bastante pequeno.
No mais, apenas quero dizer que nossas “teias sociais” virtuais se assemelham a um solo extremamente fértil, onde tudo o que plantamos, germina rapida e imensamente. Seja estupidez, ou brilhantismo.

Um comentário:

  1. A Sociedade em Rede está sendo bastante discutida. Muitas pessoas que não têm amigos ou familiares se alimentam da Teia Virtual. Acredito que, principalmente, as páginas de relacionamento são locais escolhidos para a utilização das máscaras que felizmente ou infelizmente são reprimidas na vida real. A Rede é o local da auto-valorização ou desvalorização de si e do outro.

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