segunda-feira, 14 de maio de 2012

O tempo não pára!

Antes que me critiquem por estar falando de futebol neste espaço, argumentarei de maneira "sensata": Este não é um espaço democrático(risos). Enfim, dispam-se de preconceitos e aproveitem o texto.



13 de maio de 2012 - Após 11 anos, o E. C. Bahia voltava a conquistar um título, mas não sem antes ter travado um duelo ferrenho contra o seu arquirrival, o Esporte Clube Vitória. Foram mais de 90 minutos de um jogo em que a técnica viu-se sublimada pela vontade. Ainda assim, a partida foi de bom nível, emocionante até o fim. O empate não se deu por acaso, dentro deste confronto, não
havia espaço para um perdedor, ambos, cada um ao seu modo, fez-se valer. 

Ao vencedor, a coroa de louros, ao perdedor, a coroa de espinhos; ainda que não tenha perdido sequer uma partida para o seu maior rival, a irregularidade que esteve presente na campanha rubro-negra neste certame foi determinante para a perda do título, visto, que esta atribuiu ao tricolor a vantagem que lhe garantiu a conquista.

Rei morto, rei posto. O tempo não para, e não podemos desperdiçá-lo lamentando o passado por um longo período(Talvez, eu possa, mas torcedores e jogadores de futebol não o podem) o campeão mereceu o título? talvez, não sou o homem mais indicado para atribuir merecimento em tal situação, mas, é inegável que o Bahia foi mais regular do que o seu oponente e a regularidade é uma importante qualidade, não é mesmo?

Para encerrar os comentários sobre a partida de ontem, tenho um pouco a falar sobre o time que torço.
Conseguiu ser herói e vilão em diversos momentos dentro de uma única atuação, não muito diferente do que fez ao longo do certame.
Abre o placar, perde um importante jogador, o goleiro falha... aí vem o empate. O time perde confiança, o goleiro falha... olha a virada!
Segundo tempo, pênalti e gol, logo em seguida, defesa espetacular de Douglas, pouco depois, a virada. 
Neto Baiano cansa, sai... o time perde a referência, tanto motivacional quanto física e, o ataque rubro-negro já não conseguia ser tão agudo contra a pesada defesa adversária... Pedro Ken já não tinha fôlego para armar, Geovanni e Tartá se escondiam, a bola era lançada ao ataque e 
rechaçada, voltava ao campo defensivo leonino... sempre com perigo.

Gol do Bahia, o derradeiro. O empate que manter-se-ia até o final do jogo, viu-se ameaçado por investidas de ambos os times.
O Vitória, extenuado, não foi auxiliado pelo acaso, que parece tê-lo prejudicado com a contusão de Romário, e com as três gritantes falhas de Douglas;
ainda mais, não foi ajudado pela sua forma física... a ausência de Neto no quarto final do jogo foi negativamente determinante e o time que ainda buscava
melhor sorte investia calcado puramente na vontade, pois, lhe "faltavam pernas" e organização. O empate veio e o campeonato foi perdido, mas a cabeça deve seguir erguida.

Existem lacunas no elenco? sim! A derrota foi dolorosa? Sim! A gozação adversária é irritante? Certamente que sim!
Mas, e daí? quarta-feira é logo ali, já há um Coritiba a nossa espera, uma copa... do... BRASIL! O título é provável? não!
Mas é possível, não há porque não tentar. No sábado, começa a série B, começa a luta pelo acesso, o real objetivo do leão nesta temporada.

Ainda há muito a se fazer, ainda há um caminho longo a se percorrer e, o futuro é inexorável. O tempo, este não pára para quem quer que seja. Então, é hora de decidir entre "chorar as pitangas", ou por o pé na estrada. A primeira batalha foi perdida, mas foi lutada com brio até os últimos instantes.
Se houver a mesma vontade nas próximas, os objetivos tornam-se mais palpáveis. Que siga a vontade, que siga a tenacidade, que siga a caminhada, pois, o tempo não pára.


Foi inevitável associar esta canção ao texto.

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