domingo, 18 de setembro de 2011

Pensar

Bem, redijo estas linhas, motivado por forte influência de fatos recentes. Não irei entrar em maiores detalhes a respeito dos mesmos, já, que acho desnecessária tal exposição. Entretanto, gostaria de partilhar algumas das minhas mais fortes impressões nos últimos dias, começando pelas noções de certo e errado. Dividirei meu comentário em dois, tendo o primeiro o nome de “Pensar” e o segundo o nome de “Torcer”. Certo e errado e seus vários sinônimos, travam uma infindável batalha desde o início dos tempos. A antagônica relação de ambos sempre foi claramente contrastante, já que dificilmente é tênue a linha que separa o apropriado do incorreto. Em tese, todas as convenções humanas parecem encontrar perfeita adequação. Entretanto, quando postas em prática, não raro, nossas perfeitas elucubrações mostram-se completamente falhas. Eu, particularmente sempre acreditei possuir claríssimas noções do correto e do errado a se fazer ante a todas as situações, porém, após ser confrontado por uma ou mais situações limítrofes, vejo que muitas das minhas verdades foram tornando-se migalhas diante dos meus olhos. Quando convencionamos códigos de conduta, esquecemos da individualidade humana, esquecemos das diversas maneiras possíveis para que cada indivíduo reaja e (ou) assimile situações inerentes à condição humana. Então, me pergunto, há de fato, uma maneira correta de reagir a noticia do falecimento de um ente querido? E quanto às atividades cotidianas, será que se pode estabelecer um padrão específico que seja abrangente e pleno, em relação a indivíduos educados de diferentes maneiras e em situações absolutamente peculiares? E por fim, há nexo em valorar, ou avaliar de distinta maneira, ações que por base, tem os mesmos princípios? Seria a parcialidade humana corrompendo nossos conceitos e ações nos levando a ser permissivos ou rígidos, de acordo com o nosso grau de interesse? E ainda falando do certo e do errado, fui tomado nos últimos dias, por uma inexorável necessidade de modificar meus hábitos de maneira a torná-los saudáveis e talvez, socialmente aprováveis. Mas, após um curto período de tempo, cheguei a uma conclusão óbvia que me vinha sendo omitida pelo desespero: As pessoas MORREM, independentemente de seus hábitos, vontades e do CERTO ou do ERRADO, inclusive no que diz respeito a suas condutas. A busca pela forma perfeita, pela conduta perfeita, pela alimentação correta pode ser na verdade uma caçada velada pela vida eterna e infelizmente, esta é inatingível. Talvez, se eu fosse um alquimista... Mas, enfim, a verdade mais clara e cruel das duas ultimas semanas é:  As pessoas não são eternas, a morte é certa e ainda assim imprevisível e infelizmente este é um mais altos preços a se pagar pela racionalidade, a consciência desta condição e a impossibilidade de revertê-la. Parece uma constatação tola, por ser absolutamente óbvia, mas ainda assim, não posso esconder o fato de que encarar isto nos últimos dias tem sido apanhar de um boxeador munido de luvas de “adamantium”. Por hoje é isto, abraços e até mais.

2 comentários:

  1. Olá Elton. Gostei muito do seu comentário, muito filosófico e profundo, parabéns!

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  2. Obrigado pela tua atenção e pelo elogio. Espero mais visitas suas.

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