segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Mais um dia

Este é mais um dos meus pequenos poemas escritos há bastante tempo. Ele se chama "Mais um dia".

Mais um dia,
Mais um dia afinal
Bem como se pode,
como se deve, por mais um dia
Meus temores estão escondidos pelo tempo,
pelo tempo que não tenho.

Por mais um dia, por mais um nascer do sol
Ainda assim não vejo luz em nossos dias
Nossos gestos estão tão mecanizados,
Nossos atos cumprem a rotina,
Mas não há uma ação feita com alma,
Creio que nem mesmo os corpos as portam.

Mais um dia,
Que pesa como um fardo,
E mesmo assim é vivido em meio a sorrisos
e quem sabe talvez, quem veja o que há por
Trás dos sorrisos não possa chorar também...

Quanto valem nossas vidas?
Por quê temos nos vendido por tão pouco?
Qual será o valor de nossas almas?
Será que por elas trocaremos nossa felicidade?
Nossas almas tem mesmo a medida exata de um sorriso verdadeiro?

Até quando vamos abdicar desejos
para sofrer menos, para anestesiar
amenizar apenas já que a dor já está conosco.

Minhas frases no silêncio se encerram,
minhas perguntas, minhas certezas, nossa esperança
Mais um dia, mais uma vida passa
Mais um deveneio que a chuva irá levar
Mais um desejo que irá desapárecer


E será sublime, será efêmero, será
O que teremos, se um dia acontecer
E o vento irá levar...
O que o silêncio quis dizer
O vento levará.

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